sábado, 11 de setembro de 2010

O novo antigo ou antigo de novo.

Quando eu era mais novo sonhava muito.
Sonhava tanto que os sonhos se tornavam reais. Não na vida, mas nos sonhos.
Desejava tanto que vivia uma realidade nos sonhos.
Também vivia imaginando. Imaginava tanto, com tanta vontade, que sentia o prazer da realização apenas imaginando.
Com o tempo deixei de ter esse poder, de acreditar nos sonhos, nos desejos.
Duas vezes, duas sábias amigas me disseram a mesma coisa, exatamente a mesma coisa, algo que aconteceria comigo.
Algo bom que gostei de ouvir, mas nunca vi a menor possibilidade, não tinha idéia de onde começava o caminho para chegar naquele lugar.
Recentemente outra sábia amiga me falou algumas coisas, coisas que um tempo atrás eu gostaria de ouvir, porém, agora não queria mais, mesmo assim ouvi.
Posso não querer? Adianta não querer? Está parecendo que não.
Só posso rir, sou muito pequeno para bater pé frente isso tudo.
É algo maravilhoso que tem acontecido, como se os sonhos nunca tivessem deixado de existir. Eles voltaram.
Agora acredito nas duas amigas, agora existe o caminho. 
Coisas tem acontecido.
Tenho voltado a sonhar, muito.
São sonhos tão reais, sonhos repetidos, sonhos recuperados que nem lembrava que havia sonhado.
Sonhei sem desejar, é estranho. Sonhos não desejados, não imaginados, mas reais.
Enxergo o caminho, até o final. Nesse caminho existem muitas possibilidades e posso escolher qual eu quiser, e sei que isso não vai atrapalhar para chegar no final. Isso é incrível.
Agora tenho a impressão que eu já estava no caminho, sem saber, sem enxergar o final, por isso me sentia perdido, sem rumo. Dei muita importância para detalhes, e me senti perdido.
Agora quando olho para o final, os detalhes novos, todos, estão ali, esperando para serem escolhidos ou não, talvez eu não escolha, talvez já estejam reservados para mim.
Não importa, eu não me importo.
Os sonhos acontecem, novamente, acontecem.